segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A TENTAÇÃO


Ela se insinuou nos refolhos da minha memória, cantou ao ouvido da minha imaginação, tocou meus nervos como se fossem cordas de violão.
Como andei perdido, Senhor!
Fui tomado de vertigens; fui invadido pelo vácuo vazio da perdição.
Caí, caí feio; caí de joelhos, caí mal aos teus olhos - Fui vulnerável, vulgar, não condizente aos teus preceitos. Sofri!
Aí decidi chamar por TI
SENHOR, SENHOR, AJUDA-ME!
Filhinho, estou aqui.
Eu não te abandonei.
Quão pouca é a tua fé!
És orgulhoso demais, contas ainda Comigo.
Se queres passar por todas as tentações sem cair, sem desfalecer, calmo e sereno, é preciso abandonar-te em minhas mãos, reconhecer que não és bastante grande, que não és bastante forte.
É preciso que aceites deixar-te guiar, como um garoto, meu garoto, só meu:
Vamos, dá-me a tua mão, e já não temas nada.
Se há lama pela estrada, eu te levarei nos braços.
Mas é preciso que sejas pequenino, pequenino.
POIS O PAI SÓ CARREGA AS CRIANCINHAS.
Poemas para rezar - Miguel Quoist

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